Logística Reversa de Embalagens na Prática

Etapas da Logística Reversa de Embalagens na Prática :

–  Separação: Consiste na separação pelo consumidor das embalagens dos resíduos úmidos.

–  Descarte: Após a separação as embalagens deverão ser encaminhadas pelo consumidor para pontos de entrega voluntários (PEV) ou qualquer outra forma de coleta seletiva disponível (cooperativas, centrais de triagem, comercio atacadista de materiais recicláveis).

–  Transporte: Após o descarte, as embalagens serão transportados prioritariamente por cooperativas ou pelo comercio atacadista de materiais recicláveis.

–  Triagem: As cooperativas, o comercio atacadistas de materiais recicláveis, as centrais de triagens ou unidades equivalentes, realizarão a separação dos diferentes tipos de materiais recicláveis de eventuais impurezas e outros materiais não recicláveis para a destinação ambientalmente adequada conforme definido pela legislação.

–  Classificação: As cooperativas, o comercio atacadistas de materiais recicláveis, as centrais de triagens ou unidades equivalentes separarão e classificarão os materiais, conforme as especificações aplicáveis de cada Setor, para posterior encaminhamento, em grandes lotes, à destinação final ambientalmente adequada (reciclagem, reuso, etc.).

–  Destinação: Consoante com o conceito estabelecido na Lei Federal 12.305/2010, as embalagens classificadas na forma acima serão compradas pelos fabricantes de embalagens ou pelas recicladoras, que deverão encaminhá-las para a destinação ambientalmente adequada. O responsável pelo transporte após a triagem até a sua destinação final será definido por negociação direta entre as partes envolvidas.


Alguns dos desafios do Sistema de Logística Reversa (SLR):

–  Avançar com a formalização da cadeia de reciclagem das embalagens, visto que existe uma informalidade muito grande, a qual dificulta a implementação do SLR.

–  Eliminar a bitributação dos materiais reciclados de forma a torna-los mais viáveis de serem utilizados com relação ao custo das matérias primas virgens.  

–  Envolver de forma isonômica todos atores da responsabilidade compartilhada do SLR (fabricante, importador, distribuidor e comerciante);

–  Aumentar a sensibilização e educação ambiental dos consumidores voltada para a gestão dos RSU e a necessidade de separação dos materiais sólidos recicláveis dos materiais orgânicos e a destinação deles em separado para sistemas de coleta seletiva, pontos de entrega voluntários e ou unidades de triagem (organizações de catadores ou centros de triagem) disponíveis.

–  Avançar, por parte das autoridades municipais, na implementação de Sistemas de Coleta Seletiva (SCS) dos Resíduos Sólido Urbano (RSU) e fechamento dos lixões, pois, conforme o Anuário da Reciclagem 2020 da ANCAT/PRAGMA Soluções Sustentáveis, em 2018, apenas 38% dos municípios brasileiros possuíam SCS implementado e do total de RSU coletados através de Coleta Seletiva, apenas 21% foram coletadas pelos municípios.  

–  Aumento de ações de convencimento dos catadores avulsos para se associarem às organizações de catadores e desta forma, deixarem de competir com essas organizações coletando os materiais de maior valor agregado antes delas nas residências, condomínios, pontos de comercio e indústrias.  

–  Priorização/valorização por parte das autoridades ambientais, de ações que estruturem e mantenham de forma sustentável, um sistema com capacidade de produzir reciclados em quantidade que atenda as demandas legais de recuperação das embalagens pós consumo.

–  Estabelecer parcerias com os consórcios de municípios e com os próprios municípios médio e pequenos, visando a implementação de centrais de triagem operadas por organizações de catadores e com custos finais viáveis comparativamente aos projetos alternativos.